sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Mais SEROTONINA e menos ADRENALINA ?



Que tal você produzir: mais SEROTONINA (que causa bem-estar) e menos ADRENALINA (que em excesso causa estresse, depressão e mais sensibilidade à dor)?

Quem medita ganha qualidade de vida, se eleva espiritualmente, tende a se tornar uma pessoa mais calma, paciente, bem-humorada e amorosa. Além disso, aumenta a energia vital e o bem-estar físico. E isso faz enxergar o mundo e a própria vida de outra forma. Por tabela, a meditação ainda beneficia as pessoas ao redor. Sua prática ajuda a abrir o coração para os outros, despertando a compaixão que trazemos dentro de nós. No mundo em que vivemos, estamos sempre em atividade. Mesmo nos momentos de lazer, enfrentamos trânsito quando vamos passar um fim de semana na praia, filas no cinema, caminhadas e exercícios aeróbicos na busca da boa forma. Quando se fala em atividade mental, o ritmo é frenético. Consumidos por trabalho ou estudo, ainda temos necessidade e interesse em ler livros, jornais, revistas, acompanhar os noticiários, filmes e entrevistas na TV, equacionar a agenda doméstica. Um pique que dura os 365 dias do ano. Não é à toa que a maioria de nós está sempre ansiosa, tensa, angustiada. Isso acontece não só pelo ritmo de vida que levamos, mas principalmente porque não encontramos tempo para nós mesmos. Preocupados com o mundo e as pessoas a nossa volta, com a competição do ambiente de trabalho, com a possibilidade de perder o emprego, a saúde ou mesmo a própria vida, somos vítimas de uma imensa insegurança física e emocional. Pior: conectados com tais demandas e problemas, nos desconectamos de nós mesmos e esquecemos o essencial, que é o cuidado com todas as partes de nosso eu.

Palavra dos médicos
O principal benefício da meditação é levar a pessoa a se centrar em seu próprio eixo. Os cientistas estão descobrindo que apaziguar a mente é o melhor remédio para combater o estresse e outros males de nossos dias, como hipertensão e obesidade. Ao reduzir o nível de ansiedade, a meditação vem sendo indicada inclusive pelos médicos. O cardiologista Herbert Benson, da Universidade de Harvard, um dos maiores pesquisadores americanos sobre o poder da meditação na saúde do indivíduo, afirma no livro Medicina Espiritual (ed. Campus) que 60% das consultas médicas poderiam ser evitadas se as pessoas soubessem usar a mente para combater as tensões.

O doutor Benson e outros pesquisadores analisaram pressão arterial, batimentos cardíacos, temperatura da pele e ritmo cerebral de alguns meditadores e constataram: enquanto medita, a pessoa consome 17% menos oxigênio e seu ritmo cardíaco cai dos habituais 60 bpm (a média de uma pessoa adulta em repouso) para apenas 3. Os pesquisadores descobriram também que durante a meditação o ritmo sanguíneo diminui em todas as regiões do cérebro, aumentando no sistema límbico, área que responde por nossas emoções, pela memória e pelos ritmos do coração e da respiração.

Nas últimas duas décadas, na Clínica de Redução do Estresse da Universidade de Massachusetts, nos EUA, foram monitorados 14 mil portadores de câncer, aids, dor crônica e complicações gástricas. Pesquisas ali realizadas revelam que, quando submetidos a sessões de meditação, esses pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos. Meditando, eles alteraram o foco de sua atenção e assim deixaram de sentir o medo de vir a ter dor, uma sensação que antecipa e aumenta a própria dor. Segundo os estudiosos da Clínica de Redução de Estresse, as queixas de dor caíram 40% em média, porque boa parte da dor é psicológica, nasce exatamente do medo de sentir dor. Por essas e outras, a meditação tem recomendação terapêutica em casos de fibromialgia (dores nos músculos e nas articulações), fobias e compulsões no Hospital da Unifesp, em São Paulo. Lá, pacientes deprimidos e ansiosos que meditaram durante três meses sob a orientação de instrutores indianos tiveram melhora em sua agilidade mental e motora.

Texto original da revista Bons Fluidos.
Saiba mais sobre Fibromialgia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vamos adorar saber sua opinião e receber seu comentário!