quinta-feira, 24 de março de 2011

Um dia na vida de um estressado!


Para falar do dia-a-dia precisamos começar falando da administração do tempo. Este é talvez o item mais importante de todo o livro, porque sem uma boa administração deste recurso pelos executivos principais (incluindo o empresário) muito pouco vai surtir efeito.

O que se segue é uma análise da questão e um roteiro bastante prático. Hoje há cerca de dez executivos fazendo bom uso disso na empresa e vários outros passando por verdadeiras crises de identidade corporativa na busca de uma solução para a questão da falta de tempo.

Dá para virar a mesa, precisa de muita força de vontade ou de algum incidente traumático.

No meu caso o roteiro vem da segunda hipótese onde, após alguns anos de catorze a dezesseis horas de trabalho por dia, fazendo faculdade e trabalhando no mínimo até as 10 ou 11 horas da noite, fui acumulando problemas de saúde como anemia crônica, infecção constante de faringe e taquicardia.

Numa viagem aos EUA fui parar três dias inteiros numa clínica em Boston. Feitos todos os exames possíveis, fui ver o médico que coordenou o processo, pronto para receber uma longa lista de medicamentos para tomar.

Levei um susto quando ele me assegurou que eu não tinha absolutamente nada. Ele disse, no entanto, várias coisas.

Primeiro, que gostaria de me ter como paciente para poder fazer um estudo aprofundado de um caso clássico de stress avançado, numa idade pouco avançada. Segundo, que eu tinha duas alternativas: ou mudava radicalmente o estilo de vida ou continuava tudo como estava e ficava sendo convidado especial da ala de cirurgia cardíaca deles, que ele me assegurou que era uma das melhores dos EUA. Ele também me assegurou que daí a três ou cinco anos eu faria uso dela se continuasse assim. Recomendou que eu tomasse duas aspirinas oito vezes ao dia para aliviar a dor de cabeça crônica, e também para me lembrar a cada duas horas que eu tinha um grande problema para resolver.

De fato, no segundo dia parei de tomar e mudei radicalmente o estilo de gestão e de vida. Após um susto destes é fácil tomar atitudes drásticas. Espero que o leitor, caso tenha também o problema de gestão do tempo, possa fazer isso sem a interferência médica — é bem mais gostoso e menos danoso!

Trecho do livro Virando a própria mesa, best seller traduzido em 24 idiomas, do escritor, consultor, empresário e professor de Harvard Ricardo Semler.

Leia a entrevista com o Ricardo Semler na revista Época.

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